As notícias chegaram como uma lufada gélida num dia quente de verão — brutais, surreais, impossíveis. Diogo Jota, o menino das areias de Massarelos que encantou o mundo com a bola nos pés e o coração na ponta dos dedos, tinha partido. Assim. Sem aviso. Sem tempo para despedidas.

Não há palavras suficientes que consigam colar os cacos do coração de quem o amava, de quem o admirava. Mas é preciso tentar. Porque o silêncio dói mais do que o choro.

Hoje, Portugal chora. Chora nos cafés, nos estádios, nas salas onde pais e filhos viam juntos os seus golos. Chora cada vez que se ouve o nome dele na televisão, cada vez que se vê uma camisola com o número 21. Os mais novos sonhavam ser como ele. Os mais velhos, viam nele a esperança de um futebol puro, bonito, humano.

À família, aos amigos, aos colegas de equipa — e a cada português que hoje sente um vazio onde antes havia orgulho — deixo, com humildade, as mais sentidas condolências. Que encontrem conforto na certeza de que o Diogo nunca será esquecido.

Que a terra te seja leve, campeão.
O jogo continua… mas hoje, joga-se em silêncio.